O vereador Marcos Papa (Podemos) esteve no Palácio Rio Branco, nesta sexta-feira (1°), onde participou da reunião de apresentação dos estudos contratados pela Prefeitura para avaliar a saúde econômica-financeira do Consórcio PróUrbano – responsável pela concessão do transporte público de Ribeirão Preto. O vereador saiu sem respostas.
Isso porque a Prefeitura não anunciou quais medidas pretende adotar ou pelo menos propor ao Legislativo diante dos dados apresentados – dentre eles a necessidade de repasse de cerca de R$ 70 milhões para equilibrar o caixa do PróUrbano.
“A Prefeitura gastou quase meio milhão por um serviço que os fiscais fazendários poderiam estar fazendo, que é auditar a contabilidade das empresas para saber se há desequilíbrio econômico-financeiro ou não. O estudo concluiu que sim, que apesar de o PróUrbano não ter cumprido várias cláusulas contratuais ainda assim o caixa da Prefeitura deveria arcar com algo em torno de R$ 68 milhões para equilibrar o caixa das empresas”, frisou Papa.
O vereador, que defende a rescisão do contrato atual e a realização de nova licitação, afirmou que a Prefeitura pretende comprar 170 ônibus. “A frota está vencida. O PróUrbano não trocou a frota como manda o contrato. A Prefeitura vai socorrer o PróUrbano nisso também? Ou vai abrir uma concorrência para operação já que ela quer comprar os ônibus? Esses ônibus serão a diesel? Combustível fóssil! Ou a biogás? Porque a nossa região é a maior produtora de energia renovável do mundo. Tudo isso a Prefeitura ficou de responder”, enfatizou Papa, que é presidente da Comissão de Mobilidade Urbana.
Papa participou da reunião acompanhado pelo assessor jurídico Igor Lorençato. A apresentação foi conduzida pelo secretário de Governo, Antonio Daas Abboud e pelo secretário de Justiça, Alessandro Hirata, e contou com a participação de Arlindo Fernandes, sócio-diretor e engenheiro responsável pela empresa Oficina Engenheiros Consultores Associados Ltda – que recebeu R$ 457,9 mil pelo serviço licitado pela Prefeitura.