A mobilidade urbana sustentável é a chave para o futuro das cidades e é determinante para o desenvolvimento econômico, a saúde e a qualidade de vida da população.
Durante a pandemia, observamos cidades pelo mundo se transformando rapidamente em relação a mobilidade. Um exemplo é Bogotá, que chamou a atenção ao criar uma rede de ciclovias emergenciais de 84 km para ajudar trabalhadores essenciais a se locomover durante os dias da crise da Covid-19. Iniciativas semelhantes foram adotadas em Paris, Milão e muitas outras cidades.
As ruas de Ribeirão Preto são hostis aos ciclistas e pedestres. É urgente que a Prefeitura olhe e repense o espaço público, dando prioridade e incentivando à mobilidade não motorizada.
Precisamos investir em ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e calçadas, inclusive, já indicamos a implementação de um Plano Emergencial da Mobilidade Ativa e Sustentável para Ribeirão Preto. Até hoje Ribeirão Preto não possui um Manual Técnico e Ilustrado das Ruas da Cidade.
Atualmente a porcentagem do Modal de Bicicleta para viagens diárias é de 3%, um índice baixo para uma cidade com o potencial de Ribeirão Preto. Em Bogotá, por exemplo, atualmente quase 7% do total dos deslocamentos são realizados em bicicletas – mais do que em qualquer outro país da América Latina. Bogotá já possui a meta de longo prazo de alcançar 50% do total de viagens feitas em bicicletas ou alternativas de micromobilidade.
Então fica a pergunta: qual é a meta de Ribeirão Preto para o modal de bicicleta?Infelizmente Ribeirão Preto ainda está sem Conselho Municipal de Mobilidade Urbana, mesmo em plena implantação de diversas obras viárias, que impactam diretamente na mobilidade urbana.
A Prefeitura encaminhou à Câmara o projeto de Lei n° 103/2019. A Política Municipal de Mobilidade Urbana, seus anexos e as propostas de emendas apresentadas pela Comissão Permanente de Meio Ambiente, a qual presido, foram debatidos com a sociedade civil.
É urgente colocar em prática o cronograma de atividades e produtos previstos no PL 103/2019 para subsidiar um novo Plano de Mobilidade Urbana, inclusive, tentando reduzir os prazos. Precisamos de uma rede cicloviária interligada, calçadas acessíveis e arborizadas. Não podemos seguir investindo apenas no modal do transporte individual.
Vereador Marcos Papa