A Câmara de Ribeirão Preto aprovou projeto de autoria do vereador Marcos Papa (Rede), que institui a Frente Parlamentar Intermunicipal em Defesa do Agronegócio Sustentável. O objetivo da matéria é mapear os problemas enfrentados pelo setor agrícola na Região Metropolitana, empreendendo esforços em comum pela solução de forma a assegurar paralelamente o respeito ao meio ambiente.
“A importância dessa Frente é criar um grande arco suprapartidário que também envolva a academia e as empresas pensando em agronegócio sustentável. Ribeirão pode dar uma contribuição ainda maior do que já dá na pesquisa de produtividade da semente, na pesquisa de contribuição de terras degradadas, na parte de preservação e cuidado com o clima. Nós temos que olhar para o agronegócio, mas também para o Brasil inteiro”, frisou.
É competência da Frente Parlamentar, aprovada por unanimidade na sessão dia 26 de junho, realizar estudos, instituir um ciclo de reuniões públicas gratuitas, debates, palestras e conferências voltados à discussão de projetos e adoção de políticas públicas que possam fortalecer agronegócio e fazer com que o setor interaja de forma saudável com entidades ambientalistas.
Na justificativa do projeto, Papa ressaltou que o agronegócio superou a crise brasileira ao longo dos meses puxando o PIB (Produto Interno Bruto) e gerando empregos. “É um setor que tende a crescer e se modernizar cada dia mais no País e na nossa região. Historicamente práticas inadequadas nas cadeias produtivas geraram grande impacto ambiental, como casos recentes frequentes de mortandade de abelhas vítimas da pulverização indiscriminada de agrotóxicos por via aérea”, especificou.
Para Marcos Papa, o agronegócio pode se expandir respeitando o meio ambiente e pensando sustentabilidade como fator de competitividade. “Prova disso é a crescente demanda mundial por produtos orgânicos e movimentos crescentes como os de agroecologia e de sistemas agroflorestais. Além de não prejudicar o meio ambiente e interferir na qualidade de vida da população, os produtos ambientalmente sustentáveis remuneram melhor o produtor”, ressaltou.