O IPM sofreu ingerências eleitoreiras de políticos que estavam investidos de poder para cuidar do Instituto: ora foram omissos, ora negligentes e ora delinquentes mesmo.
Fato é que fracassaram grosseiramente com a sustentabilidade do Instituto. Criaram mecanismos inconsequentes de pagamentos de aposentadorias.
Determinaram perversamente a tomada de dinheiro do caixa da Prefeitura para esses pagamentos fazendo com que o povo mais necessitado da nossa cidade venha sendo chamado a bancar essas irresponsabilidades, negligências e inconsequências.
Hoje o rombo espetado no bolso do ribeirão-pretano está em R$ 360 milhões e, em 2020, será de R$ 420 milhões. O valor total que o município dispende para aposentados e pensionistas é de R$ 558 milhões. Nossa arrecadação é de pouco mais de R$ 2 bilhões.
Certamente os servidores não são os responsáveis pela omissão, pela negligência e até pela delinquência de políticos que estiveram investidos de poder para cuidar do Instituto, mas que nunca se preocuparam de fato com a sustentabilidade do IPM.
Da mesma forma a cidade e toda a sua população, principalmente a mais necessitada, não podem continuar privadas de investimentos necessários para o bom andamento dos serviços públicos. O projeto aprovado ontem é um socorro na tentativa de amenizar o rombo do IPM junto ao caixa da Prefeitura.
Votei contra em primeira discussão por entender que o projeto tinha falhas e poderia ser melhorado. Negociei com o governo e com os vereadores a redução de quatro para dois anos o período de auditoria das finanças do IPM. Com minha emenda aprovada, votei a favor do projeto em segunda discussão, por acreditar que avançamos nessa questão.
Continuarei de olho junto com a minha assessoria técnica e a sociedade, que se interessa pela saúde, justiça e prosperidade de Ribeirão Preto, na construção que a Prefeitura deverá fazer do Fundo Imobiliário em benefício do pagamento dos aposentados e pensionistas, bem como da transferência da Dívida Ativa com o mesmo objetivo e aportes em dinheiro que deverá continuar a fazer.
Ribeirão é uma cidade boa de viver, mas eu quero que ela seja boa para todos.
Marcos Papa