PRIMEIRO EMPREGO

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Meu primeiro emprego! Vai pro feed! Há 39 anos ingressava na Cia Indl de Plásticos CIPLA, uma divisão da Tubos e Conexões Tigre. Ocupava todo o segundo andar do imponente Edifício Monte Líbano. Auxiliar Administrativo, mas também fazia o trabalho de office boy, responsável pelos malotes dos Correios, pela boa exposição do mostruário e pelo arquivo de correspondências. O “Explorer” era um armário físico, com pastas identificadas pelo assunto correspondente do comunicado. Por exemplo: CI Comercial 01/86, significava correspondência interna da área comercial. Após um ano, iam para caixas de papelão por assunto. Meu primeiro gerente, Guazelli, me matriculou na COBRA, Computadores e Sistemas Brasileiros, uma referência mundial à época, virei o Operador de Sistemas e depois programador na linguagem COBOL. Os colegas não perderam a oportunidade de dizer que eu era o “garoto de programa” filial. Nessa nova função passei a conhecer os outros departamentos, como vendas, financeiro e logística, termo e processo este que as empresas brasileiras começavam a implementar. Quando o Guazelli assumiu a gerência da filial da Tigre/Joinville, o Fernando Monteiro Rodrigues assumiu a gerência e me ofereceu a vaga de vendedor. Eu cursava Direito na Unaerp. Sofri para decidir se aceitava o estágio no escritório Brasil Salomão & Matthes Advocacia, oferecido pelo Dr. Domingos Stocco. Um senhor convite! Decidi por vendas no dia 1° de setembro de 1987. Em 1° de janeiro de 1991, Supervisor de Vendas. Em 1992 assumi temporariamente a gerência da filial, num momento em a CIPLA faturava anualmente U$142 milhões. A gestão pelos herdeiros tornou-se ruim, provocando um triste declínio nessa empresa líder em seu segmento por décadas. Fui para a Duracell, posteriormente incorporada pela Gillette. Depois, Supercaixa e Naxos. Em 2007 a aptidão pela Política manifestou-se com muita força. Minha decisão foi um misto de arrastamento apaixonado e consciência de que era, e é, possível fazer Política para servir à cidade e não servir-se dela, como desafortunadamente muitos fazem. Daí pra frente é uma história que muitos de vocês já sabem, contada pelo Cordeiro de Sá, depois pela Bruna Carvalho e até hoje pela jornalista Monize Zampieri no www.marcospapa.com.br. Impressionante reconhecer como o tempo voa! Dizem que preciso escrever um livro. Ando pensando muito nisso!