Em resposta ao vereador Marcos Papa (Cidadania) durante sessão extraordinária, na última quinta-feira, dia 9 de setembro, o secretário de Saúde, Sandro Scarpelini, afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde e o Comitê Técnico de Contingenciamento Covid-19 se posicionaram, inúmeras vezes, contra as aglomerações no transporte público de Ribeirão Preto, mas que a Secretaria Municipal de Administração e o Consórcio PróUrbano priorizaram a saúde financeira do contrato.
“Fizemos inúmeras reuniões. A posição da Secretaria de Saúde e do Comitê sempre foi de que precisaríamos colocar um espaçamento e exigir máscara. Algumas coisas foram conseguidas, como uma higienização melhor e uma insistência maior com uso de máscara, outras não foram conseguidas. Essas reuniões, que não eram uma decisão definitiva da Secretaria de Saúde, mas que a gente dava a nossa posição, era para que tivesse afastamento de bancos entre as pessoas, para que não pudesse ter gente em pé, mas o próprio contrato, a própria empresa e a própria Secretaria de Administração muitas vezes falavam que não tinha como fazer o contrato ser viável nestas condições”, enalteceu Sandro Scarpelini durante a sabatina.
O secretário ponderou que, em meio a pandemia, o transporte público se tornou um problema no Brasil e no mundo, mas enfatizou resultado obtido no segundo lockdown no Município, quando o serviço foi suspenso. “A Vigilância Sanitária mesmo discutiu isso várias vezes. A gente viu que isso foi uma equação difícil no Brasil e no exterior, que não se resumiu a Ribeirão. A população também sofreria se a Vigilância fechasse o transporte. O equilíbrio entre manter as pessoas vivas e trabalhando e não doentes foi a grande dificuldade. No gráfico dos dois lockdowns, se lembrar que no primeiro nós não paramos os ônibus e no segundo nós paramos, acho que aquele efeito muito grande foi da paralisação do transporte público. Da paralisação”, frisou.
Papa voltou a classificar como “macabras” as aglomerações nos ônibus em meio a pandemia e lamentou a evidência, mais uma vez, de falta de pulso do Governo Nogueira com o PróUrbano. “A Secretaria de Saúde advertiu, as autoridades sanitárias advertiram, mas a Secretaria de Administração não tomou providências. O senhor prefeito não toma providências quando o assunto é transporte público, quando o assunto é Consórcio PróUrbano”, atacou o vereador que denunciou inúmeras aglomerações e acionou o Ministério Público e o Judiciário na tentativa de freá-las.
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