Crítico ferrenho do atual sistema de transporte público, o vereador Marcos Papa (Cidadania) quer saber se o Consórcio PróUrbano formalizou novo pedido de subsídio junto a Prefeitura ou se a “chantagem” ocorreu apenas em nota à imprensa.
Requerimento de autoria de Papa, aprovado na sessão de quinta-feira, 25 de novembro, questiona oficialmente a Administração sobre declaração da concessionária de necessidade de novo repasse para equilibrar um suposto déficit de R$ 56,7 milhões – mesmo após receber R$ 15 milhões da Prefeitura dos R$ 17 milhões autorizados pela Câmara.
“Tomamos conhecimento da chantagem que o PróUrbano fez com a cidade ao dizer que o desequilíbrio na verdade é de R$ 56 milhões. Soubemos pela imprensa, mas queremos saber se o Consórcio PróUrbano oficializou esse pedido de mais dinheiro junto a Prefeitura. O que seria um tremendo absurdo!”, enfatizou Marcos Papa.
O vereador ainda acrescentou: “Aprovamos na última terça-feira uma indicação ao prefeito para que Ribeirão Preto tenha um novo sistema de transporte, que novos estudos sejam feitos, que novas tecnologias sejam incorporadas para que a população venha a ser atendida por um sistema de transporte público decente, o que não acontece hoje. Queremos saber se oficialmente o Consórcio PróUrbano fez um novo pedido de subsídio ou se foi apenas mais uma chantagem jogada à público”.
Convocação
Foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, dia 29 de novembro, a convocação do secretário de Administração, André Almeida Morais, para prestar esclarecimentos à Câmara sobre o repasse milionário realizado pela Prefeitura e sobre a nota divulgada à imprensa pela concessionária alegando risco de colapso e impossibilidade de pagar o 13° salário dos motoristas, caso não haja novo subsídio.
A convocação foi proposta por Papa. A data da sabatina, que deverá ocorrer em sessão extraordinária, deve ser divulgada na sessão da Câmara desta terça-feira, dia 30 de novembro. A Secretaria de Administração é a gestora do contrato de concessão, que é fiscalizado pela Transerp. Papa também está brigando na Justiça para que a última parcela dos R$ 2 milhões seja reservada para pagamento do 13° dos motoristas.
