Você e eu já sabemos há algum tempo que Ribeirão Preto tem andado mal, principalmente pela bagunça em que esse governo mergulhou a prefeitura. Uma trapalhada que perdura há anos, é a confusão que a prefeita faz com o cronograma de pagamento de suas contas.
Em época de crise, precisaríamos de uma gestão pública precavida e organizada. Já faz um bom tempo que os fornecedores que se aventuram a prestar serviços ou vender algo para a prefeitura não têm garantia de quando vão receber o que lhes é devido. Enquanto algumas contas são pagas no tempo certo, a maioria fica na gaveta há meses ou até anos, sem explicação. São inúmeros os relatos de pequenos e médios empreendedores que acabaram em dificuldades sérias, já que mesmo sem receber, arcaram com os custos de funcionários ou de matéria prima para as vendas ou serviços que prestaram.
Na prática é simples: recebe mais rápido quem consegue gritar mais alto. Um absurdo.
O pior é que esse processo obscuro e injusto gera uma onda de mau exemplo e desconfiança. Hoje, os fornecedores fogem da prefeitura e obras importantíssimas para a cidade acabam tendo suas licitações esvaziadas e fechadas por falta de participantes. É o medo do fenômeno que chamo de “Risco Ribeirão Preto” que foi criado por essa administração.
Sabemos que nossa cidade conta com técnicos concursados de alto gabarito, profissionais competentes que sofrem ao ver o que acontece com nossas finanças sem nada pode fazer, amarrados pelos desmandos dos dirigentes do Palácio do Rio Branco. Então, é claro que tudo poderia ser diferente!
Por isso, ingressei mais uma vez no Ministério Público, solicitando à Promotoria que abra inquérito para apurar os fatos e tomar providências que forcem a prefeita a arrumar a casa. Tenho certeza de que se o cronograma de pagamentos fosse organizado de acordo com a Lei, não teríamos muitos dos problemas que vivemos hoje em Ribeirão Preto. Vamos acompanhar.
Marcos Papa