O vereador Marcos Papa quer que o prefeito Antônio Duarte Nogueira Júnior desista da ideia de construir um Centro Administrativo, na Avenida Cavalheiro Paschoal Innecchi, no Jardim Independência, e invista na ocupação, revitalização e valorização do Centro Histórico. A obra é estimada em mais de R$ 200 milhões.
Papa acredita que imóveis desocupados do Centro poderiam servir ao mesmo propósito de forma mais justa e democrática. “O Centro é equidistante de todos os bairros então é democrático a Prefeitura estar aqui. Como várias cidades do Brasil e do mundo têm mostrado, a revitalização do Centro Histórico requalifica a cidade como um todo, aumenta a circulação de pessoas, diminui a violência, promove o comércio local, promove uma cidade que não precisa gastar dinheiro público para expansão urbana porque a infraestrutura do Centro já está pronta com energia, água e esgoto”, enfatizou Papa.
Ao discursar no Projeto Conversa no Centro, do Grupo Thathi de Comunicação, que teve transmissão ao vivo, Papa se dirigiu ao prefeito para pedir que reconsidere e chegou a propor um movimento das pessoas que defendem a revitalização do Centro.
“Prefeito Antônio Duarte Nogueira Júnior, desista da ideia da construção do Centro Administrativo lá na Independência. No momento em que estamos vivendo uma emergência de revitalização do Centro de Ribeirão Preto, no momento em que a cidade pede a revitalização do Centro Histórico, a permanência da Prefeitura aqui no Centro é mais que necessária, além de justo”, frisou o parlamentar.
O vereador emendou: “Precisa melhorar o Centro? Muito! A iluminação, por exemplo, precisa sombrear as nossas calçadas para a população ter conforto térmico, são ações que a Prefeitura pode tomar de imediato sem a necessidade de endividar a cidade em mais R$ 250 milhões para construir um Centro Administrativo longe do Centro da cidade”.
Por meio de requerimento, Papa questionou a Prefeitura, no mês de abril, sobre a necessidade de extração de 1,8 mil árvores para construção do Centro Administrativo. Após analisar a renovação da autorização para extração, o vereador questionou como foi contabilizada a quantidade de espécies a serem extraídas da área de 22.346,55 m². Papa também ponderou se, diante da possível dificuldade na contabilização das unidades, não seria mais adequada medida compensatória por área extraída e não por árvores isoladas.