Presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Eutanásia, o vereador Marcos Papa (Rede) denunciou a morte de mais um cavalo abandonado e criticou o empurra-empurra entre setores da Prefeitura. O caso ocorreu no Jardim Palmares, em um terreno no cruzamento das ruas Armando Sicci e Maurício da Rocha e Silva.
Acionado por protetoras, Papa esteve no local, na manhã desta sexta-feira (18). Em um vídeo postado nas redes sociais, o vereador atacou a “enrolação” da Prefeitura na contratação de uma empresa para recolhimento de animais de grande porte soltos em via pública. O município está há 11 meses sem esse serviço.
No vídeo, Papa anunciou que a CPI da Eutanásia se reunirá, na quarta-feira (23), às 18h30, no plenário da Câmara, para discutir junto com a população, mais uma vez, a situação dos animais soltos em via pública. Foram convocados representantes de todos os setores envolvidos.
“Mais um animal agonizou até a morte, apesar das várias tentativas das protetoras. A Transerp empurra para a Coordenadoria de Bem-Estar Animal, que empurra para 156, que empurra para a Polícia Ambiental e com isso o animal agonizou até a morte. É uma selvageria desnecessária e inaceitável, a Prefeitura precisa criar um protocolo de ação”, enfatizou.
Para Marcos Papa, a Prefeitura precisa criar com urgência um protocolo para atendimento de denúncias de munícipes sobre animais soltos em via pública, feridos ou saudáveis, e destinação adequada do corpo em caso em morte, de acordo com a legislação.
A protetora Carla Aparecida Lourenço, que tentou salvar a vida do animal e que acompanhou o vereador até o local onde o cavalo morreu, disse esperar que a situação de descaso com a causa animal vivida em Ribeirão mude o mais breve possível.
“O cavalo morreu à míngua, chorando. Foi triste demais o que aconteceu aqui. Espero que o prefeito tire essas leis da gaveta porque essa situação precisa ser resolvida. Estamos lutando há anos. Se Deus quiser conseguiremos um respaldo, por meio da CPI”, frisou.
Papa é autor de uma lei municipal que cria um programa de adoção de animais de grande porte resgatados pelo poder público ou empresa contratada. Porém, cinco meses após ser sancionada pelo prefeito, a lei segue no papel por falta de regulamentação.