Defensor do sistema de água de reuso e seus significativos benefícios ambientais e econômicos, o vereador Marcos Papa (Podemos) comemorou a aprovação do projeto de Lei que institui o reuso de água em Ribeirão Preto. De autoria do Executivo, a matéria foi aprovada na sessão da Câmara, na noite da última quinta-feira, dia 25 de maio, e deve ser sancionada pelo prefeito Duarte Nogueira nos próximos dias.

Desde julho de 2021, Papa propõe a elaboração de um Plano de Conservação para implementação do sistema. Na época, o então Daerp respondeu que incluiu em seu planejamento plurianual 21/24 a reutilização das águas servidas para fins não potável.

Na ocasião, o vereador visitou a Ambient Serviços Ambientais, onde foi positivamente surpreendido com uma planta já pronta do projeto. De lá para cá, Papa fez indicações ao prefeito enaltecendo que, além de ser usada nas praças e áreas verdes em períodos de estiagem, a água de reuso tratada seria diferencial competitivo para o Distrito Industrial, atraindo empresas, gerando mais empregos e poupando a água do Aquífero Guarani.

Datado de abril de 2023, no último requerimento sobre esse tema, Papa questionou o Executivo sobre os resultados apresentados pelo estudo prévio de viabilidade técnica, econômica e financeira apontado pelo Daerp, ainda em 2021, a etapa atual do estudo e a previsão de término para implantação do sistema. Na sessão de quinta-feira, Papa encaminhou favorável ao projeto e voltou a frisar a importância da água de reuso.

Peço voto favorável a esse importantíssimo projeto. Antes tarde do nunca. Ribeirão é uma das poucas cidades do mundo que usa 100% de manancial subterrâneo, que é o nosso Aquífero Guarani. Digo que somos uma geração antiética. É doloroso ouvir isso, mas somos, porque usamos os recursos que não nos pertencem. Estamos consumindo muito mais do que a natureza da conta de repor no Aquífero. Qualquer medida que tomarmos para preservar o Aquífero é muito bem-vinda. Significa que esses recursos poderão ser utilizados pelas gerações futuras”, frisou.

E acrescentou: “Significa que a partir de agora teremos a possibilidade de usar essa água onde não for necessário água mineral para atividades econômicas. Falta agora a nossa cidade construir um reservatório no Distrito Industrial. Em que pese o custo ser elevado, seria mais uma atividade, mais uma opção para preservar o Aquífero. A produção industrial muitas vezes não depende de água mineral, mas de água de reuso”.