Presidente das Comissões de Transparência e de Mobilidade Urbana da Câmara de Ribeirão Preto, o vereador Marcos Papa (Podemos) fez duras críticas ao mais recente repasse milionário feito pela Prefeitura ao Consórcio PróUrbano. Mais de R$ 7,8 milhões foram depositados no caixa da concessionária do transporte público, dia 8/6.
Papa ataca a falta de transparência do Governo na revisão do contrato com o PróUrbano, questiona valores e até critérios para nomeação e a formação dos integrantes da comissão permanente criada pela Administração para definir e acompanhar os repasses. Requerimento de Papa que também solicita uma série de documentos foi aprovado na sessão da Câmara, na última terça-feira, dia 13 de junho.
O pontapé inicial do repasse, que será mensal, foi divulgado pela imprensa – e não pela Prefeitura. A bolada corresponde aos meses de março e abril e representa R$ 2,09 por passageiro. Apesar de a frota continuar vencida e sucateada, a Prefeitura argumenta que a tarifa de ônibus superaria R$ 7 se não houvesse o subsídio.
Enquanto isso o usuário segue pagando R$ 5. “Foram R$ 17 milhões, R$ 70 milhões, R$ 8,9 milhões, perdão de dívida e agora a Prefeitura vai dar mais dinheiro, todos os meses, para o PróUrbano. É verdade que o subsídio à tarifa é uma necessidade do atual sistema de transporte público brasileiro. Desde 2013 defendo o movimento do Passe Livre e isso se mostra plenamente viável. Mas não dessa forma. Da forma como a Prefeitura faz, sem ser muito transparente na contabilidade, não dá. O serviço melhorou? Não, a gente sabe que não. Dar dinheiro para o PróUrbano não é a solução, a solução é a Prefeitura fiscalizar as contas, o serviço e esses ônibus podres”, frisou Papa.