A rampa de cadeirante continua sendo um dos principais problemas do transporte público em Ribeirão Preto. Crítico ferrenho do atual sistema, o vereador Marcos Papa (Podemos) voltou a denunciar o descaso da Prefeitura, da Transerp e do Consórcio PróUrbano com os cadeirantes que precisam de ônibus para se deslocar pelo município.

Na sessão da Câmara da última quinta-feira, dia 15 de junho, Papa usou a tribuna e exibiu no telão um compilado de filmagens feitas por um usuário do sistema, que é cadeirante e sofre esse drama na pele diariamente. As rampas filmadas pelo munícipe não estavam funcionando ou enguiçaram durante o trajeto da linha.

É um filme de terror crônico. Cenas de terror, cenas de crueldade, protagonizadas, produzidas pela Transerp, a fiscal do transporte público em Ribeirão Preto. Revoltante uma Administração que permite essa frota podre, expondo a população ao risco de morte. Essa Prefeitura, sabe-se Deus ou o Diabo, porque permite que uma frota vencida circule nesse estado, enfatizou o vereador, que é presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mobilidade Urbana.

Papa ainda acrescentou: “Ribeirão está com uma epidemia de semáforos. No mínimo é desperdício de dinheiro público. Mas rampa de cadeirante a Transerp fecha o bico! Agora a Prefeitura quer dar mais milhões para o PróUrbano, agora, como se diz, passou a boiada, todos os meses, milhões para tratar o cadeirante desse jeito. Quando a gente fala em dignidade humana não adianta ser da boca para fora. Montanhas de dinheiro para o PróUrbano para o Consórcio entregar esse serviço sem vergonha para a população”.

Na sessão anterior, Papa havia feito duras críticas à Prefeitura pela falta de transparência no repasse de quase R$ 8 milhões ao PróUrbano, no dia 8 de junho. Por meio de requerimento, aprovado na sessão do dia 13, o vereador pediu esclarecimentos sobre os novos subsídios, questionou valores e até critérios para nomeação e a formação dos integrantes da comissão permanente que foi criada pela Administração para definir e acompanhar os repasses financeiros – que passaram a ser mensais.

Na prática, a tarifa passou a custar R$ 7,09, sendo que a população segue pagando diretamente R$ 5 pela passagem e a Prefeitura passou a subsidiar R$ 2,09 por passageiro.