Quando falamos sobre mobilidade urbana não estamos falando em construir e ampliar ruas e avenidas, não estamos falando em colocar um viaduto aqui e outro ali para reduzir o tráfego naquele local. Pensar mobilidade urbana vai muito além disso. Deve-se questionar e planejar
qual é realmente a melhor forma de deslocamento das pessoas dentro da cidade.
Quando se pensa em reduzir o congestionamento apenas apontando, como solução aumentar, duplicar, expandir, não estamos levando em consideração os princípios da mobilidade urbana de maneira efetiva, que deve ser socialmente inclusiva e ecologicamente sustentável.
Para isso, existem alguns princípios que devem ser levados em consideração na hora de planejar o desenvolvimento de uma cidade. Dentre eles, está a redução da necessidade de utilização do transporte individual motorizado e promover meios de transportes coletivos adequados a todos e a preços acessíveis; o aumento da parcela de viagens realizadas em transportes públicos, a pé ou de bicicleta; a aceleração da transição para veículos menos poluentes; e a redução do impacto dos transportes sobr
e o ambiente e a saúde pública.
Quando levamos em conta esses princípios, muitas vezes conseguimos enxergar que priorizando um transporte público de qualidade e vias de acesso para pedestre e bicicletas, resolvemos o problema levando em consideração todo o contexto e ainda melhorando a qualidade de vida da população.
A questão da mobilidade urbana em Ribeirão Preto é urgente. É necessário promover a mobilidade sustentável, reconhecendo a interdependência entre os transportes, a saúde, o ambiente e o direito à cidade. Um planejamento adequado, em que a população seja consultada, é essencial para o desenvolvimento local sustentável.
Dessa forma, convido você a pensar a cidade junto comigo. Participe das rodas de conversa sobre desenvolvimento sustentável que promovo todas as quartas-feiras na Câmara Municipal. É preciso integrar pessoas e ideias para, juntos, construirmos uma cidade mais justa.
