O vereador Marcos Papa (Rede) quer que a Prefeitura de Ribeirão Preto faça uma auditoria imediatamente no contrato de concessão do transporte público.
O apelo foi feito na última quinta-feira (6), durante reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara, que investiga descumprimentos no contrato de concessão. Na ocasião, a CPI, presidida por Marcos Papa, ouviu oito usuários do transporte público.
“Eu espero que a prefeitura de Ribeirão Preto antes de conceder qualquer reajuste a essa empresa, que é uma vergonha na atividade de transporte público em Ribeirão Preto, promova uma auditoria profunda nesse contrato e se necessário intervenha”, enfatizou.
O contrato firmado entre a administração e o Consórcio ProUrbano estabelece o mês de julho para reajuste da tarifa. Além de oito participações presenciais, outros 35 usuários enviaram críticas e sugestões à CPI por meio de e-mail, fanpage ou telefone. Os problemas apontados vão desde atrasos nas linhas, pneus carecas, ônibus quebrados até péssimos pontos de ônibus e impasses com cartão de recarga e integração.
“A prefeitura tem dinheiro para promover uma auditoria imediatamente nessas empresas para responder à população de Ribeirão Preto se o dinheiro que eles estão lucrando está de acordo com os padrões mundiais e nacionais das concessões públicas e se é justo essa empresa, diante do tratamento vergonhoso que faz à população, pedir aumento de tarifa nesta altura do campeonato”, ponderou.
Papa ainda acrescentou: “É injusto, é indigno o ProUrbano falar em reajuste de tarifa. O ProUrbano foi reprovado pelos depoentes, que não foram convocados, foram convidados e num brilhante exercício de cidadania vieram aqui consignar o seu testemunho. A atual administração assumiu há seis meses, mas o diagnóstico dessa situação vergonhosa está fartamente documentado e as providências têm que ser urgente”.
Durante a CPI, o vereador destacou também que o ProUrbano enganou a Justiça ao alegar que estava sendo bitributado na taxa de gerenciamento e no ISS, e que a melhoria do transporte público geraria um circulo virtuoso de saúde e bem estar à população.
“Nós sabemos que os prazos e tramites precisam ser respeitados, mas o Judiciário também precisa entender a urgência que o povo tem em ser atendido. O consórcio nunca foi multado, por isso que muitas vezes eu disse aqui que a ex-prefeita comportava-se como sócia das empresas de ônibus e não como prefeita. A prefeitura deve aplicar uma auditoria independente do processo que está tramitando no Judiciário”, concluiu Papa.