Você já deve saber do meu comprometimento com os fazedores de Cultura de nossa cidade, seja mais diretamente na defesa do Teatro de Arena, na valorização dos Pontos de Cultura ou por diversas outras ações, como o apoio ao projeto Dança Vida no caso dos antigos Galpões da Ceagesp. Esse último caso é mais recente, lembra?
Agora, a juíza responsável suspendeu a licitação da prefeitura para a venda dos Galpões, entendendo que se o Conpac tombou, não seria a Prefeita que poderia “destombar” o patrimônio histórico! Dessa forma, a Prefeitura só poderá vender estes galpões se constar no Edital que as edificações está tombada e o comprador deverá preservar o patrimônio com devidas limitações impostas.
Se essa atitude sensata da Justiça não garante por si só a ida do Dança Vida para o espaço, pelo menos já se configura como uma Luz em defesa da Memória e da Cultura.
Acontece que a prefeita prometeu ao projeto esse espaço que, inclusive, havia sido tombado pelo Conpac. No entanto, descumprindo o acordo com a instituição e demonstrando uma enorme falta de visão integrada da cidade, a mesma prefeita anunciou a venda dos Galpões. O que se alegou foi a necessidade de gerar caixa, como se a delapidação do nosso patrimônio público e nesse caso, histórico, fosse resolver o problema que não é de falta de dinheiro, mas sim, de falta de competência na gestão!
Enquanto isso, o local foi ocupado pelo mato, por vetores de doenças e pelas drogas. Vender não resolveria esse problema. Revitalizar o espaço com Cultura, com certeza seria o melhor caminho. Por todos esses motivos, saí em defesa do Dança Vida.
Marcos Papa