A Câmara de Ribeirão Preto aprovou, na sessão da última terça-feira (18), projeto de Lei que institui o Junho Laranja e a Semana Municipal de Prevenção às Queimaduras no Município. De autoria dos vereadores Marcos Papa e Ramon Faustino, o PL tem como objetivo dar viabilidade às políticas públicas intersetoriais de prevenção e cuidados relacionados aos incidentes causadores de queimaduras, bem como democratizar e ampliar as informações relacionadas ao atendimento e tratamento.
A votação do projeto foi acompanhada no plenário do Legislativo pelo coordenador da Unidade de Queimados da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas, dr. Jayme Adriano Farina Junior, pela médica dra. Ana Carolina Morais Fernandes e a enfermeira Bruna Tássia Souza Nakayama Sordi. Papa agradeceu a presença e a contribuição dos especialistas no PL, que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores.
Após aprovação, o projeto segue para sanção do Executivo e publicação da Lei no Diário Oficial. Estima-se que, no Brasil, 1 milhão de pessoas se queimem anualmente, quatro mil morrem em decorrência de queimaduras e 100 mil ficam sequelados.
Ao encaminhar favorável ao projeto, Papa enfatizou que as políticas públicas de prevenção às queimaduras desempenham um papel fundamental na proteção da saúde e segurança da população. O vereador defendeu que a Prefeitura utilize recursos públicos para promover campanhas de prevenção e cuidados com queimaduras.
“Quero fazer um pedido ao prefeito Duarte Nogueira que vem gastando milhões de reais em propaganda que a cidade não precisa sobre as obras que são feitas, porque a gente usa, a gente sabe como é. Mas esse tipo de prevenção, ai sim, vale a pena pagar agência de publicidade para que essas informações cheguem a um maior número de pessoas, porque isso previne, isso sim seria importante, pois preserva a vida”, frisou Papa.
Projeto de Lei
Na justificativa do projeto, os vereadores destacaram que políticas públicas também viabilizam economia de recursos na pasta da Saúde, na medida em que a aplicação de técnicas voltadas para queimaduras, desde os primeiros atendimentos, pode evitar o agravamento e, consequentemente, dispensar hospitalização, cirurgias e reabilitação que se fazem necessárias quando o incidente não recebe o tratamento inicial adequado.
“A queimadura está entre os traumas mais graves, pois, além dos problemas físicos que podem levar o paciente à morte, pode acarretar outros problemas de ordem psicológica e social. Inúmeras queimaduras ocorrem por falta de informação. Portanto, o incentivo a essas políticas são cruciais para proteger a saúde, salvar vidas, conscientizar a população sobre os riscos e promover ambientes seguros”, enfatizaram.