Marcos Papa – Hoje, Ribeirão Preto possui mais de 500 áreas verdes que não atendem sua função ecológica e social. São terrenos públicos desocupados ou abandonados pelo Poder Público. Com tanto espaço disponível, porque não fazer uma verdadeira ocupação verde? O desafio maior é conseguir integrar o executivo, as ONGs e a população.
A ocupação destes espaços ociosos por meio de hortas urbanas é uma forma de economia solidária: geração de renda de forma participativa, com autogestão pela própria comunidade. É um processo de transformação social em que os objetivos vão muito além da geração de renda: é um projeto de cidadania e participação social que traz como retorno o empoderamento das comunidades, além do ganho com a educação ambiental e com os fins terapêuticos – a horta é uma aliada da terapia ocupacional.
Os benefícios da implantação de um projeto como este em nossa cidade vão desde o simples cuidado em manter os terrenos limpos até a facilitação do acesso aos alimentos para a população de baixa renda:
- Combate a fome;
- Incentiva a geração de emprego e renda;
- Promove a inclusão social;
- Incentiva a agricultura familiar;
- Incentiva a produção para o autoconsumo;
- Incentiva o associativismo;
- Incentiva o agroecoturismo;
- Incentiva a venda direta do produtor;
- Reduz o custo do acesso ao alimento para os consumidores de baixa renda;
- Proporciona terapia ocupacional;
- Aproveita áreas ociosas;
- Mantém terrenos limpos e utilizados.
Além disso, é muito importante que existam grupos para orientação das comunidades na implantação das hortas comunitárias e na formação de líderes comunitários, facilitando a viabilização de agroflorestas e produção de alimentos orgânicos.
Nossa cidade só tem a ganhar. Espaços que antes estariam ociosos, descuidados e com risco de proliferação de vetores, têm a chance de serem ocupados com economia solidária, geração de renda e valores.