No início de abril, Júlio Chiavenato publicou um artigo no jornal “A Cidade” sobre a falta de flores em Ribeirão Preto. Se na década de 1960 tínhamos uma cidade alegre e florida, hoje em dia estamos tomados pelo concreto e pelo cinza, e o pior, cada vez mais míopes para o esplendor da natureza.
Há um claro descaso com parques e praças da cidade, muitos precisam de manutenção, melhor iluminação e limpeza. Porém, há aqueles que foram apenas esquecidos pela administração municipal, pois esta não se preocupou ao menos em manter os jardins e as fontes. O ponto não é apenas reavivar a beleza de nossos parques e praças, mas sim fazer com que eles sejam atrativos como um local de respiro e convívio social dentro de nosso meio urbano.
Em um passeio pelas praças, chamamos a atenção para as fontes e espelhos d’água, hoje vazios, eventualmente cheios com a água da chuva. Em uma cidade de temperaturas elevadas como Ribeirão Preto, espelhos d´água têm um papel muito importante, mas que passa desapercebido pelos administradores: eles fornecem frescor para quem passa ou para por ali, sendo tão importantes quanto a arborização do local para a amenização da temperatura.
Em fontes em pleno funcionamento, não precisamos nos preocupar com o desperdício de água, pois o líquido não é descartado, apenas sofre a desejada evaporação natural. Com manutenção adequada, também não teremos o risco de o equipamento se tornar um criadouro do mosquito da dengue. Aliás, com as fontes paradas é que podemos observar riscos relacionados à doença, pois a água da chuva empossa nos laguinhos vazios e podem se transformar em verdadeiros berçários de larvas.
Confira as imagens de algumas fontes abandonadas em praças da nossa cidade: