“Emergência Climática! E Ribeirão Preto?”. Esse será o tema central do II Fórum de Inovações Urbanas e Sustentabilidade que será realizado pelo Programa Ribeirão -3°C e pelo Fórum Permanente de Inovações, nesta sexta-feira, dia 1° de Outubro, a partir das 15h. O evento virtual integrará o Circuito Urbano 2021, uma iniciativa da ONU-Habitat Brasil que visa potencializar eventos organizados por diversos atores sobre temas relacionados ao Outubro Urbano.

A programação local incluiu cinco painéis virtuais que abordarão desde o relatório de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) de Ribeirão Preto, o índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, relatório LEED Cities e o Plano de Cidade 2030 e os desafios em relação a emergência climática até o Plano Municipal de Mudanças Climáticas.

O II Fórum das Inovações Urbanas e Sustentabilidade conta com o apoio da Comissão Permanente de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mobilidade Urbana da Câmara de Ribeirão Preto, presidida por Marcos Papa, que fará a abertura sobre o alarmante relatório do IPCC (Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas). O encerramento propõe a criação de um Pacto por uma Ribeirão -3° C. A mediação será feita por Daniel Belíssimo, do Instituto Terroá.

A proposta dos organizadores é debater e apresentar dados, diagnósticos, possíveis ações e planejamento para que Ribeirão Preto possa caminhar para uma cidade sustentável e livre de carbono. O momento para essa ampla discussão é considerado ideal tendo em vista o relatório alarmante emitido pelo IPCC e o mapeamento publicado recentemente sobre as emissões em nível municipal criado pelo Observatório do Clima (OC) – Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

Segundo o IBGE, Ribeirão Preto apresentou, em 2018, um crescimento populacional de 1,3% – índice acima da média do Estado e do País. O Município tem mais de 700.000 habitantes, sendo que mais de 99% de sua população reside na zona urbana. Embora esse crescimento possa ser visto como reflexo da popularidade e do dinamismo econômico da cidade, esse nível de urbanização também apresenta desafios.

​Para o Programa Ribeirão -3°C e para o Fórum das Inovações, a vulnerabilidade de Ribeirão à mudança climática agrava o efeito dessa urbanização cinza e de uma zona rural no seu entorno com predomínio de paisagens áridas. “A diminuição de áreas verdes e o modelo de urbanização adotado fazem com que a cidade esteja menos preparada para gerenciar um ambiente com temperaturas mais altas, os efeitos das ilhas de calor, o risco cada vez maior de  inundações e estiagens, piora na qualidade do ar e na qualidade de vida, bem como o aumento de doenças respiratórias e riscos de pandemias como o Covid 19”, ponderam.

Os organizadores advertem que Ribeirão não tomou medidas proativas para adaptar-se às mudanças climáticas. “Poucas ações concentram-se em liderar pelo exemplo, expandindo o esverdeamento urbano em áreas públicas e privadas, investindo em mobilidade de baixo carbono, disponibilizando informações e dados relevantes ao público e introduzindo mudanças no planejamento urbano.​ O tamanho dos desafios socioambientais já enfrentados exige um entendimento abrangente e ações coordenadas”, enfatizam.

Por meio de um grupo técnico do Fórum Permanente foi elaborado o Programa Ribeirão -3 Graus, o qual propõe soluções para tornar Ribeirão numa cidade “verde” até 2030. “Dentro desse contexto, o II Fórum será realizado em formato de painéis temáticos nos quais as entidades locais irão fazer uma breve apresentação e posteriormente será realizado um debate. No encerramento será feito um convite para que as entidades elaborem juntas um Pacto por uma Ribeirão -3 Graus, dando continuidade ao trabalho que já vem sendo realizado dentro do Programa Ribeirão -3 Graus”, explicaram os organizadores do evento que integra o Circuito da ONU.

Programação detalhada e mais informações:

https://www.inscricoes.circuitourbano.org/trabalho/view?ID_TRABALHO=131