Presidida pelo vereador Marcos Papa (Cidadania), a CEE (Comissão Especial de Estudos) de Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio se reunirá nesta quarta-feira, dia 2 de setembro, às 16h30, para oitiva de Dalila Viana de Freitas, bióloga, pesquisadora do tema e representante da Associação Paulista de Saúde Pública.

Aberta ao pública, a reunião abordará as notificações de casos de suicídio em Ribeirão Preto. A oitiva poderá ser acompanhada presencialmente, no plenário da Câmara, ou remotamente pela TV Câmara e nos canais oficiais do Legislativo.

Além de Marcos Papa, a CEE é composta pelos vereadores Gláucia Berenice, vice-presidente, e Marinho Sampaio, integrante. O objetivo da Comissão é avaliar as filas de saúde mental, indicadores, rede de apoio e ações de prevenção ao suicídio.

Fenômeno complexo

No último dia 20, a CEE ouviu o psicólogo Lucas Murta de Andrade, que diferenciou casos de suicídio, de tentativa e de autolesão. O especialista explicou que suicídio é um fenômeno complexo e multicausal envolvendo fatores biológicos, psicológicos e sociais.

Segundo Andrade, a maioria das pessoas que têm algum tipo de transtorno não morrerá por suicídio, por tratar-se de uma medida extrema, que não será tentada/efetivada pela maioria. O especialista elencou o que pode aumentar o risco de suicídio: histórico de tentativa de suicídio, histórico de suicídio na família, histórico de autolesão, presença de transtornos mentais, uso abusivo de álcool e drogas, além de eventos tristes e frustrados, como a perda de um ente querido, falência, problemas financeiros, demissão, rompimento de relacionamento.

Dentre as medidas de prevenção estão: dados fidedignos de notificação, restringir o uso de meios letais, execução de planos de ação e a sensibilização de profissionais da Saúde. Para Andrade, sem dados, as ações ocorrem às cegas, apenas apagam fogo.

Assista na íntegra a reunião que contou com a participação de Andrade:

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