Falta de estrutura, demora para consultas e falta de médicos. Essas foram as principais constatações do vereador Marcos Papa (Podemos) durante fiscalização, essa semana, na UPA da Vila Virgínia e na USF do bairro Maria Casa Grande. Acionado por usuários do sistema público municipal, Papa conversou com vários pacientes que aguardavam atendimento e transferência, acompanhantes e profissionais da saúde.
Acompanhado de assessores, o vereador registrou os problemas e, por meio de vídeos, cobrou providências urgentes da Secretaria de Saúde. As constatações e cobranças serão encaminhadas oficialmente ao prefeito Duarte Nogueira, por meio de requerimento, que deve tramitar na próxima sessão da Câmara. Em entrevista no Thathi Cidade, Papa criticou o sistema e frisou a necessidade de melhorias urgentes.
Papa defende um processo de gestão rigoroso de fiscalização dos gastos e de presença dos médicos nas unidades de saúde. “Constatei o desespero de famílias que estavam aguardando vaga em hospitais, as condições da UPA da Vila Virgínia, por exemplo, são muito ruins. A explicação que foi me dada é que a Fundação Santa Lydia assumiu a gestão no ano passado, mas já se passou um ano. Não pode o usuário estar naquelas condições. E mais. Uma demora muito grande para atendimento”, enfatizou.
E acrescentou: “Nós sabemos que existe dificuldade para contratação. A Prefeitura fez concurso para 72 médicos, apenas 15 apareceram. Mas a Prefeitura tem que dar um jeito. As dificuldades vão sim aparecer, só não tem culpa o munícipe que paga imposto e numa hora de necessidade não tem o devido atendimento. Pelo contrário, tem que passar por constrangimento e estresse. Se necessário for, que mais médicos sejam disponibilizados para a população. O que não pode é a população estar desatendida”.