Câmara aprova processo de cassação de Dárcy Vera

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Não será apenas à Justiça que a prefeita afastada Dárcy Vera (PSD) terá de dar explicações sobre suposta participação no maior esquema de corrupção da história de Ribeirão Preto. A partir de agora, ela será investigada também pela Câmara.

O Legislativo aprovou nesta terça-feira (20), por unanimidade, a abertura de um processo de cassação que, se aprovado, resultará em sua inelegibilidade por oito anos.

No entanto, Dárcy já está inelegível porque a Câmara rejeitou suas contas de 2012 e 2013. A prefeita afastada terá prazo de 10 dias a partir da notificação para apresentar sua defesa, o que pode ocorrer até meados de janeiro.

O Departamento Jurídico do Legislativo entende que o processo de cassação prossegue, mesmo que a prefeita não esteja exercendo o mandato. O pedido de comissão processante foi feito pelo cientista político e advogado Igor Lorençato Rodrigues há 15 dias. Três vereadores vão integrar a comissão: Marcos Papa (Rede), Franzé (PMDB) e Ricardo Silva (PDT).

Após acordo, Papa foi eleito presidente e Franzé, o relator. Para o presidente da Câmara, Bertinho Scandiuzzi (PSDB), o Poder Legislativo tem o dever de se manifestar em relação ao pedido de cassação feito por um morador.

“O Legislativo não pode se omitir. Dárcy terá oportunidade para se defender.” Papa afirmou que Dárcy deverá ser notificada ainda nesta semana. A Cidade não conseguiu contato com a defesa de Dárcy para comentar o caso.

Processo segue em 2017

O Departamento Jurídico da Câmara informou que, apesar de o mandato de Dárcy terminar no próximo dia 31, o processo de cassação segue normalmente no Legislativo em 2017. Segundo os advogados, além da cassação do mandato da prefeita afastada, o pedido envolve também a inelegibilidade dela por oito anos. Dos vereadores escolhidos para integrar a comissão processante, Ricardo Silva (PDT) e Franzé (PMDB) encerram seus mandatos neste ano e serão substituídos por meio de sorteio. Apenas Papa continuará por ter sido reeleito.

Vaiado, aliado vota ‘sim’

Dos vereadores presentes, apenas Waldyr Villela (PSD), aliado de Dárcy, chegou a votar contra a abertura da comissão processante contra a prefeita, mas recuou após ser vaiado pela população presente no plenário. Instantes depois de mudar o voto, Waldyr passou mal e deixou a Câmara sem falar com a imprensa. O vereador tem 80 anos de idade.

Clipping:Jornal A Cidade