O vereador Marcos Papa (Cidadania) ameaça “devassar” a Coderp com uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara, caso requerimento de sua autoria – que questiona salários e promoções de servidores comissionados e efetivos da Companhia de Desenvolvimento Econômico – não seja respondido corretamente. A afirmação foi feita publicamente na sessão do dia 23 de setembro.
Em junho, a Câmara já havia aprovado um requerimento de Marcos Papa questionando salários e promoções de comissionados da Coderp. Porém, na resposta ao parlamentar, os nomes dos funcionários em comissão estavam cortados impossibilitando leitura. A assessoria do vereador fez contato telefônico solicitando os dados completos, mas passados mais de 60 dias não houve correção por parte da Companhia ou da Prefeitura.
“Justo os nomes cortados! Como é que fiscaliza? Estou reiterando o requerimento agora só que estou pedindo de todo mundo: comissionados e efetivos. Para que a gente veja todo mundo! Quero que o pessoal do Palácio Rio Branco preste atenção: aqui tem vereadores que cooperam com o Poder Executivo no avanço de projetos que fazem bem para a cidade, mas aqui não tem vereador comparsa da Administração. Se necessário for, vamos colocar uma CPI para fazer uma devassa na Coderp e vai ser grande”, enfatizou.
O vereador enfatizou que o requerimento é um importante instrumento parlamentar. “Adotamos o requerimento para evitar convocação de secretários e superintendentes. Fiz requerimento, não vem os nomes! Telefonamos para corrigirem, não corrigiram. Agora estou questionando o de todo mundo: concursados, comissionados, salários, promoções. E repito: ou responde requerimento corretamente ou vamos fazer convocação e, se necessário, vamos fazer uma Comissão Parlamentar de Inquérito para que os responsáveis ou irresponsáveis venham ao Parlamento prestar contas à população”, frisou.
Em julho, Papa fez duras críticas à Prefeitura, a Coderp e a ex-superintendente Marine Vasconcelos por constantes instabilidades no site oficial para agendamento da vacinação contra Covid-19. Marine foi exonerada no início de julho, após denúncias de irregularidades. O vereador já havia atacado a Coderp publicamente em março por instabilidades no site oficial que chegaram a afetar o portal da Câmara.
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