A exploração de publicidade nos abrigos dos pontos de ônibus de Ribeirão Preto finalmente deve ocorrer dentro da legalidade e da moralidade. Depois de o vereador Marcos Papa, presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte, denunciar que a autorização dada pelo governo anterior ao Consórcio PróUrbano era “ilegal, imoral e cruel”, a Transerp publicou no Diário Oficial, no dia 16 de janeiro, a abertura de um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), por meio de chamamento público.
O objetivo da Transerp é receber estudos de viabilidade técnica e de potencial econômico por parte de empresas interessadas em explorar a publicidade nos abrigos dos pontos de ônibus de Ribeirão Preto. O procedimento foi anunciado pelo secretário de Administração, Ângelo Roberto Pessini Júnior, no dia 27 de outubro de 2017, data histórica em que a atual administração cancelou a autorização de exploração emitida pelo governo anterior.
“A prefeitura vinha perdendo muitos recursos com o procedimento ilegal que era adotado. Agora havendo autorização legal e licitação o contribuinte perceberá um acréscimo dessa receita nos cofres da prefeitura. Estimo que esse valor alcance a casa dos R$ 12 milhões por ano e digo com absoluta certeza que esse montante pode baratear o preço da passagem de ônibus”, enfatizou Marcos Papa.
Para o vereador Marcos Papa, a autorização pode ter lesado os cofres públicos em quase R$ 50 milhões nos últimos quatro anos. O serviço foi terceirizado pelo PróUrbano para a empresa Mídia Pull, assim como a manutenção dos pontos e a construção de 20 abrigos por ano. Atualmente, Ribeirão conta com mais de três mil pontos com cinco tipos de estrutura.
“Tem que haver mais rigor na fiscalização desse serviço para que os anunciantes busquem o mobiliário urbano e a prefeitura passe a arrecadar mais. Quem será beneficiado com isso? O usuário do transporte coletivo e cidade como um todo”, concluiu Marcos Papa.
A abertura do PMI foi divulgada pela imprensa:
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