O vereador Marcos Papa entregou ao candidato à presidência da Câmara Municipal, Rodrigo Simões, uma carta compromisso com ações que pretendem oferecer ampla transparência governamental à Casa de Leis a partir de 2017. Papa, que até então havia disponibilizado seu nome para concorrer ao cargo, abriu mão da disputa e apoiará o colega, que por sua vez se comprometeu em efetivar as ações defendidas no documento. De acordo com o autor da carta, caso fosse presidente, suas intenções seriam, principalmente, a implantação das medidas citadas no texto.
O documento conta com sete itens que vão desde a publicação da relação de assessores dos gabinetes, com nome completo, fotografia, currículo, função no gabinete e salário líquido (real), até transformar todos os gabinetes e todos os departamentos – inclusive administrativos – da Câmara em centros de custos, com sua respectiva divulgação no sítio oficial e foi entregue ao candidato à presidência, que afirmou estar comprometido com as exigências do documento. Para Papa, é indispensável que a população tenha acesso a como é utilizado o dinheiro público.
O vereador afirma não vai mais concorrer à presidência da Casa, por acreditar que pode ser mais útil à cidade com um mandato mais colaborativo e propositivo, em todos os sentidos, e que vai atuar para que o Legislativo e o Executivo trabalhem juntos, no entanto, não acoplados. “Meu compromisso com a cidade passa principalmente por uma Câmara mais transparente e colaborativa, não temos como meta a oposição, tampouco a maléfica e cega subserviência ao executivo, que tanto prejudicou nossa cidade”, destaca o Papa, que também afirma que trabalhará com independência, assim como no mandato 2013/2016, e pretende afiançar apoio aos bons projetos para a cidade, e apontar, sempre quando houver, eventuais erros partindo do Palácio Rio Branco.
O documento de intenções conta ainda com uma exigência fundamental, segundo o vereador – a criação da Comissão Permanente de Transparência, Acompanhamento e Controle Social. De acordo com o vereador, a comissão garantirá o cumprimento da transparência governamental pelos anos subsequentes e ainda vai ajudar na moralização dos gastos. “O compromisso do vereador Rodrigo terminará ao fim de 2017, entretanto, precisamos criar mecanismos para que essas ações de transparência radical se perpetuem no Legislativo”, comenta.
Leia a carta na íntegra: