Posição estratégica de Ribeirão Preto é importante para o clima mundial

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Al Gore, ex-presidente dos Estados Unidos, premiado com o Oscar e com o Nobel da Paz, liderou o 26º Treinamento em Realidade Climática – Climate Reality Leadership Corps, que ocorreu no Rio de Janeiro, entre 4 e 6 de novembro. O vereador Marcos Papa participou do evento, representou a Câmara Municipal de Ribeirão Preto e integrou o Corpo de Lideranças em Realidade Climática, composto por 750 líderes de 55 países que receberam dados atualizados da NASA, do Departamento de Estado dos Estados Unidos e do IPCC, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, que reúne 1.500 cientistas PhD de todo o mundo.

O treinamento abrangeu com severidade toda a questão da intensa mudança no clima do planeta e seus impactos ambientais, sociais e econômicos, mas ganhou tom otimista ao propor que a conscientização seja convertida em ações práticas, sobretudo, apoiadas em novas alternativas técnicas e tecnológicas para reverter a situação emergencial. Segundo analistas, o evento ocorre em um momento crucial, quando todo o mundo se prepara para as negociações ambientais de 2015, na Cúpula do Clima, em Paris, para a qual o Brasil tem sido apontado como um possível protagonista. Vale lembrar que a Ribeirão Preto ocupa posição estratégica no país, dado seu contexto geográfico e sua importância no cenário do Etanol e do Biodiesel.

“Saí mais preparado para discutir melhorias em nossa cidade que podem impactar no meio ambiente global. Veja, enquanto lutamos para que os Governos mundiais invistam em fontes de energia renovável, como a Eólica e a Fotovoltaica, no Brasil, vivemos um absurdo: nos últimos cinco anos, o governo federal tem incentivado desmedidamente o aumento da frota de veículos, sem se preocupar com alternativas para o uso nefasto de combustíveis fósseis. Pode parecer que isso não afeta nossas vidas, mas basta conferir os dados científicos e observar como o efeito estufa causado pelos gases liberados na atmosfera, somado ao desmatamento da Amazônia (que cresceu 290% desde o ano passado!) influenciou a seca na região Sudeste, por exemplo.”, analisa Papa. “Podemos começar a mudança por ações locais, discutindo os desdobramentos do agronegócio, mas também reduzindo a poluição ao estruturamos o transporte público e coletivo de qualidade, ou transformarmos o lixo que produzimos em energia. Ao mesmo tempo, entendo que aplicar em Ribeirão Preto a Política Nacional de Educação Ambiental pode ser a alavanca para chegarmos ao patamar da Sustentabilidade, como essência da manutenção da vida com qualidade para todos nós”, conclui.